A QUEM PERTENCE O PRESENTE?
Perto
de Tóquio vivia um grande samurai, já idoso, que se dedicava a ensinar
zen aos jovens. Apesar de sua idade, corria a lenda de que ainda era
capaz de derrotar qualquer adversário.
Certa tarde, um guerreiro
conhecido por sua total falta de escrúpulos apareceu por ali. Queria
derrotar o samurai e aumentar sua fama.
O velho aceitou o desafio
e o jovem começou a insultá-lo. Chutou algumas pedras em sua direção,
cuspiu em seu rosto, gritou insultos, ofendeu seus ancestrais. Durante
horas fez tudo para provocá-lo, mas o velho permaneceu impassível.
No final da tarde, sentindo-se já exausto e humilhado, o impetuoso guerreiro retirou-se.
Desapontados, os alunos perguntaram ao mestre como ele pudera suportar tanta indignidade.
- Se alguém chega até você com um presente, e você não o aceita, a quem pertence o presente?
- A quem tentou entregá-lo, respondeu um dos discípulos.
- O mesmo vale para a inveja, a raiva e os insultos. Quando não são aceitos, continuam pertencendo a quem os carregava consigo.
A sua paz interior depende exclusivamente de você. As pessoas não podem lhe tirar a calma.
Só se você permitir...
QUEM DECIDE POR MIM?
Um colunista conta uma estória em que acompanhava um amigo a uma banca de jornais.
O amigo cumprimentou o jornaleiro amavelmente, mas como retorno recebeu um tratamento rude e grosseiro.
Pegando
o jornal que foi atirado em sua direção, o amigo do colunista sorriu
polidamente e desejou um bom fim de semana ao jornaleiro.
Quando os dois amigos desciam pela rua, o colunista perguntou:
Ele sempre te trata com tanta grosseria?
Sim, infelizmente foi sempre assim.
E você é sempre tão polido e amigável com ele?
Sim, procuro ser.
Porquê você é tão educado, já que ele é tão inamistoso com você?
Porque não quero que ele decida como eu devo agir.
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