Quem pagará a conta dos nossos desatinos?
E dos nossos quefazeres
dos que deixamos de fazer
e dos fazeres malfeitos,
quem haverá de cobrar-nos
o não ter feito
e o não ter feito bem?
Quem será capaz de ouvir outras verdades,
que não as nossas verdades,
sem que o sofrido ego não se insurja?
Quem assumirá o custo das tarefas
que muitas vezes deixamos de cumprir?
Quem, dentre nós, será capaz de confessar,
com a grandeza da humildade,
o mea culpa que redime e enobrece a alma?
Quem de nós,
por um momento sequer,
chegou a pensar que a tarefa não cumprida,
tem custo e tem preço?
Em alguém
- em quem, de certo, não sabemos -,
haverá o reflexo de nossa desídia,
de nossa inconsequente indiferença...
Ah! Quão insensatos somos muitas vezes!...
E estultos também seremos se pensarmos
que jamais a cobrança será feita...
Por necessário,
não haja dúvida,
ela se fará um dia.
Quando? Onde? - não sabemos;
e os valores devidos,
por certo acrescidos de algo mais
(inevitável plus)
ser-nos-ão exigidos.
Inevitavelmente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário