*Uma cena que me marcou sensivelmente, ocorreu-me quando ainda residia no Município de Coari/AM, creio que possa ter sido entre 1993 e l995, ocasião que recebíamos as ilustre visitas de meus tios maternos Aírton e Milton (ambos, lamentavelmente saudosos), este último residia em Brasilia-DF. Ficaram hospedados em nossa aconchegante e confortável casa, onde puderam desfrutar daquela cidade e das saudades de infância. Dentre outros programas, planejamos uma pescaria (caniço de linha típico, molinete) de canoa à frente do lago que banha a cidade com o rio Solimões. Valeu a diversão, os risos, as emoções das belezas naturais, e o prazer de comprar uma "cambada" de peixes frescos capturados lá, dos pescadores que diariamente buscam o seu sustento e vendem a "preço de banana" para nós, moradores da Capital Amazonense, os quais foram devidamente preparados para um lauto jantar. Então, numa caminhada com meu tio Mílton, ele me pediu que o acompanhasse. Fomos até a uma rua próxima de casa, onde ficava a humilde casa em que ele viveu com os meus avós. Ele fitou de modo comovente aquele cenário e me disse: "É a ultima vez que estarei visitando para recordar eternamente onde vivi os melhores e mais felizes dias de minha vida." Confesso que chorei por dentro d'alma. Um dia todos nós, mortais homens, a medida do possível, teremos que deslumbrar "in-loco" as terras que nos viram nascer! MENSAGEM DE HOJE: "Para sempre é muito tempo. O tempo não pára! Só a saudade é que faz as coisas pararem no tempo." (Mario Quintana)
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