Congratulações ao Casal Real William e Kate!

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domingo, junho 01, 2014

Ingratidão

É com tristeza que, de vez em quando, comprovo que o ser humano, com raras exceções, é capaz de cultivar, amiúde, a ingratidão, a falta de reconhecimento. Para ele, esquecer os favores que um dia lhe foram prestados, é algo incômodo, o que o leva a não reconhecer os benefícios que recebeu de forma direita ou indiretamente.
Nesse diapasão, ele chega a ter profunda inveja dos que alcançaram os píncaros da glória e que continuam usando a roupagem da modéstia. É que a sua pequenez não lhe permite livrar-se do mal estar que tanto lhe causa.
Pior:-o tempo vai passando e ele, com a memória esmaecida pela conveniência, não pronuncia o nome das pessoas que o concorreram para a grandeza do Estado, e muito menos é capaz de de uma palavra gentil àqueles que, no passado, enfrentaram todo tipo de hostilidade para obter um resultado satisfatório à sociedade.
O ingrato vive a se atormentar, roído pela ambição de querer alcançar o que não pode, o que leva ao ponto de ser conviva do repulsivo banquete de calúnias, patrocinar injúrias e propagar difamações. Chega ao paroxismo de propalar a morte de pessoas que estão cheias de vida, gozando de plena saúde.
Por não ter frequentado, em momento algum, a Universidade do Afeto é ele, em contrapartida diplomado na Formidável Faculdade da Maledicência, a confirmar que a sua fachada tem aparência de catedral, mas os sus fundos são o de bordel. Dissimulador, recalcadp, o ingrato deveria aprender que certas  que certas qualidade não se encontram na superfície do ser humano, e sim no seu interior. Daí, ruminar, a cada passo, a sua descontrolada inveja, que acaba por desaguar no que ele é:-um monumental cultor da ingratidão.
Esse tipo de ser humano será sempre um pioneiro do nada, um desbravador do inútil, uma vez que,por ser próprio dele, o aval da omissão, é um amendrotado de ser um dia levado ao cadafalso da opinião pública.
Por isso mesmo, aos jovens que desejam enveredar pelo caminho da seriedade política e me procuram para orientação, tenho alertado que tenham em mente que não devem esperar reconhecimento total dos seus contemporâneos e, quando muito, poderão merecer a benevolência dos seus pósteros. É que a ingratidão sempre estará a espreita.
J. Bernardo Cabral (advogado)

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